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Desigualdade salarial cai no País

Salários mais altos são 23,5 vezes maiores que os mais baixos, ante 27,3 vezes em 2003

O abismo que separa os mais altos salários pagos no País das remunerações mais baixas diminuiu um pouco nos últimos cinco anos, segundo mostra estudo divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). 

Em 2003, os rendimentos mais altos eram 27,3 vezes maiores do que os salários mais baixos. No ano passado, essa proporção havia caído para 23,5 vezes. Ou seja, apesar do avanço os rendimentos do trabalho continuam mal distribuídos.

“Houve melhora (na distribuição da renda), mas ainda estamos longe de um País menos injusto”, declarou o presidente do instituto, o economista Márcio Pochmann.

O Ipea usou dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que todos os meses faz o levantamento da situação do mercado formal de trabalho em seis regiões metropolitanas do País (São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife e Salvador).

Os números do IBGE mostram que entre 2003 e 2007 houve o crescimento de 22% da renda média dos mais pobres, ante um aumento de apenas 4,9% na renda média dos ocupados com maior remuneração.

Márcio Pochmann atribuiu esse desempenho de diminuição da desigualdade à política de reajuste real do salário mínimo implantada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde 2004 e às políticas de transferência de renda, como os benefícios concedidos pela Lei Orgânica de Assistência Social (Loas) com valores de salário mínimo.

“Entre os 40% mais pobres do País essa política foi fundamental para a recuperação do poder aquisitivo”, completou Pochmann.

Essas políticas influenciaram, segundo o Ipea, o índice Gini – medidor internacional de desigualdade de renda em um país, que varia de 0 a 1. Quanto mais perto de 1, maior a desigualdade, quanto mais perto de zero, menor. Em 2003, o índice brasileiro era de 0,53 ponto. No primeiro trimestre deste ano, o índice já havia recuado para 0,50 ponto.

As projeções do Ipea apontam para um índice de 0,49 ponto em 2010, se for mantido o crescimento econômico em torno de 5% ao ano até lá.

Pochmann reconheceu que uma taxa de inflação crescente pode atrapalhar essa trajetória, bem como as políticas de combate à inflação, como elevação de juros. “Mas inflação é algo muito prejudicial”, comentou.

 

PARTICIPAÇÃO NO PIB

Embora tenham se reduzido as diferenças salariais, o Ipea destacou que continua praticamente sem mudanças a participação dos salários no Produto Interno Bruto (PIB ) do País.

Pochmann informou que, em 2003, os rendimentos do trabalho assalariado representavam 39,8% do PIB nacional. No ano passado, essa proporção caiu para 39,1%. “Nos anos 50, essa participação chegava a 50%”, observou o economista.

Se o crescimento do PIB se mantiver em 5% nos próximos anos, o Ipea projeta um crescimento de 14% nessa participação até 2010, o que levaria o porcentual frente ao PIB um pouco superior ao nível identificado em 2003.

 

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Gilberto Kassab e Serra comemoram resultado da quarta edição da Virada Cultural

O prefeito da capital, Gilberto Kassab, e o governador de São Paulo, José Serra, comemoraram o resultado da quarta edição da Virada Cultural, realizada neste final de semana. Segundo cálculos dos organizadores, até o início desta tarde o evento já havia atraído cerca de 4 milhões de pessoas, que puderam escolher várias atrações para todos os gostos, do jazz à Música Popular Brasileira (MPB), passando pelo hip hop, rock e samba, dentre outros, com palcos funcionando 24 horas. A Polícia Militar mobilizou mais de 3 mil policiais para o evento e até o início da tarde não haviam sido registrados incidentes graves.  

 

O governador José Serra acompanhou nesta madrugada vários espetáculos da Virada Cultural. O Estado de São Paulo é parceiro da Prefeitura no evento que aconteceu gratuitamente entre às 18 horas de sábado e às 18 horas de domingo e que nesta edição teve mais de 800 atrações culturais de diferentes vertentes. De acordo com Serra, essa é uma atividade tipicamente municipal e, por essa razão, sua administração vem incentivando as prefeituras do interior a fazerem o mesmo tipo de evento. No ano passado, a Virada Cultural ocorreu em 10 municípios; neste ano a expectativa é de que 20 prefeituras promovam o evento.

 

 

Show do Zé Ramalho

Idealizador do evento, Serra destacou a satisfação em ver que a Virada Cultural provou que era realmente uma necessidade. “Um governante põe em prática muitas vezes idéias que vêm de assessores, mas a Virada foi uma idéia minha que o Carlos Augusto Calil (secretário municipal de Cultura) batizou com esse nome e ajudou a viabilizar. E o melhor é que a população, desde a primeira edição, acolheu, apoiou e tomou conta da cidade de uma forma alegre, inteligente e através da cultura em diferentes manifestações artísticas”, ressaltou o governador paulista.

 

Ana Botafogo no palco do Anhangabaú

O prefeito Kassab, que também acompanhou as atrações da Virada Cultural nesta madrugada, disse que mais uma vez suas expectativas com relação ao evento foram superadas. E destacou: “A Virada se transformou em um grande evento da cultura brasileira. Milhares de brasileiros de várias regiões do País acompanham o nosso evento, fazendo com que São Paulo tenha no turismo um dos principais setores para o seu desenvolvimento.”

 

Concentração de policiais em frente ao Mosteiro São Bento

 

Multidão durante o show dos Mutantes na Av. São joão

 

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